Diferença entre alergia e intolerância alimentar

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, alergia e intolerância alimentar não são a mesma coisa. Apesar disso, os sintomas podem ser parecidos e os alimentos que causam as reações podem ser os mesmos. Entretanto, tratam-se de problemas diferentes, com causas e tratamentos distintos. 

Neste caso, uma analogia simples pode ser usada para representar a diferença: na reação ao leite de vaca. Na intolerância, o organismo não produz a quantidade necessária da enzima responsável pela digestão do açúcar do leite, a lactose. Sendo assim, se o produto não contiver lactose, este pode ser consumido normalmente. O contrário acontece no caso da alergia. Com ela,  a pessoa não pode entrar em contato com o leite ou derivados, já que o organismo irá entendê-los como inimigos e enviar células de defesa para combatê-los.

Alergia alimentar

A médica Graziela Schettino, gastroenterologista pediátrica do Hospital das Clínicas da UFMG e integrante do GastroPed, conta que algumas proteínas são mais comuns para as reações alérgicas. “Proteínas como a do leite de vaca, ovo, soja, trigo, peixes e amendoim. Nas crianças, principalmente nas menores de um ano idade, é a proteína do leite de vaca”, diz.

Os sintomas alérgicos incluem febre, vômitos, dor abdominal, diarreia, erupções e coceiras na pele, falta de ar e inchaço em determinadas partes do corpo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, a alergia é mais comum em crianças, com incidência de cerca de 6% em menores de três anos. Em adultos, a ocorrência é de 3,5%, sendo que 2,2% estão relacionados à alergia à proteína do leite de vaca.

Em geral, os causadores da alergia são:

– Peixes e frutos do mar

– Ovo

– Trigo

– Soja

– Amendoim

– Castanhas

– Leite e seus derivados

– Gergelim

Intolerância alimentar

O principal nutriente que ocasiona a intolerância alimentar é o açúcar do leite, conhecido como lactose. Segundo Graziella Schettino, o organismo não é capaz de digerir esse açúcar. Por isso, este gera sintomas como desconfortos e dores abdominais. Sendo assim, a especialista conclui que as causas podem ser tanto alterações no metabolismo, que por não produzir enzimas suficientes, não consegue fazer essa digestão, quanto por condições secundárias. “São condições como algumas verminoses e medicamentos, uso excessivo de antibióticos que podem alterar a microbiota, que é a flora intestinal, e que dá intolerância; além de algumas doenças crônicas intestinais”, explica Graziella.

Uma maneira de identificar a intolerância é por meio do teste respiratório. Nesse caso, o paciente sopra lentamente um pequeno aparelho, que irá medir a quantidade de hidrogênio na respiração. De acordo com Graziella, o gás é sintetizado quando se é intolerante à lactose. Para isso, o tratamento mais adequado é justamente retirar a lactose do cardápio, para checar se o paciente apresentará melhoras clínicas.

Em geral, os causadores da intolerância são: 

– Leite e seus derivados

– Grãos com glúten

– Banana

– Frutas cítricas

– Carnes processadas

– Repolho

– Vinho tinto

– Produtos com corantes

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